Ministro da Justiça, o petista José Eduardo Cardozo reconheceu a existência do criminoso mensalão

Pelo menos um – O julgamento do Mensalão do PT, tecnicamente nominada como Ação Penal 470, entra no seu sexto dia e mais uma vez os advogados dos réus hão de negar a existência do maior escândalo de corrupção da história nacional, como se o Brasil fosse um vasto criadouro de imbecis. Seguindo a tentativa frustrada do atabalhoado e mitômano Lula, que quis desqualificar o julgamento, os réus são apresentados como reencarnações angelicais, que no máximo cometeram o já prescrito crime de caixa 2.

Enquanto os petistas negam a existência do imbróglio e os palacianos estão proibidos de comentar o assunto, por ordem da presidente Dilma Rousseff, a fala pretérita de um integrante do governo atual desmonta essa teoria do absurdo.

Ex-deputado federal pelo PT de São Paulo, um dos chamados “três porquinhos” da campanha de Dilma e atualmente no comando do Ministério da Justiça, o petista José Eduardo Martins Cardozo reconheceu, em entrevista concedida à revista Veja, em fevereiro de 2008, a existência do mensalão. “Vou ser claro: teve pagamento ilegal de recursos para políticos aliados? Teve. Ponto final. É ilegal? É. É indiscutível? É. Nós não podemos esconder esse fato da sociedade e temos de punir quem praticou esses atos”, disse Cardozo à semanal publicação.

Considerando que alguém que ocupa o Ministério da Justiça deve saber as razões que o levaram ao cargo, não sem antes ter noções básicas de Direito e de justiça, não há como manobrar nos bastidores para salvar a horda de mensaleiros.

É sabido que no Partido dos Trabalhadores a palavra dada nem sempre é honrada, até porque o vento age em favor dos covardes, mas no caso de José Eduardo Cardozo fica difícil desmentir o que foi dito, especialmente para alguém que ocupa a principal pasta do governo. O grande problema é fazer com que Lula se esforce e leia a edição de 16 de fevereiro de 2008 da revista Veja.