Operação abafa – Na sessão administrativa de terça-feira (14), a CPI do Cachoeira rejeitou aproximadamente 250 requerimentos, muitos dos quais poderiam, se aprovados, elucidar o trânsito de dinheiro entre empresas no eixo Rio-São Paulo. Com a decisão, os parlamentares mostram aos brasileiros que investigar a fundo não era o objetivo da Comissão, criada como cortina de fumaça para o julgamento do Mensalão do PT.
A CPI do Cachoeira só foi adiante por determinação do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, que intentava, além de tirar o foco do julgamento do STF, complicar a vida política do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), conhecido desafeto do ex-metalúrgico.
Com o descarte dos mencionados requerimentos, o País ficará sem saber o que aconteceu fora do Planalto Central, onde a Comissão centrou suas investigações. Essa manobra, reforçada pela decisão de não se criar sub-relatorias, deixa evidente o temor do PT de que assuntos nada republicanos fossem revelados à opinião pública, algo que provocaria estragos consideráveis em ano de eleições. É importante ressaltar que não foi por acaso que a Delta Construção teve crescimento meteórico na era Lula.
Com isso, a CPI do Cachoeira entra em sua reta final, uma vez que a data prevista para a entrega do relatório é 23 de outubro, sendo que por conta das campanhas eleitorais a próxima sessão administrativa só acontecerá em setembro. Em outras palavras, mais uma enorme e mal cheirosa pizza produzida às custas do suado dinheiro do contribuinte.