Governo zera IPI do setor moveleiro, mas materiais escolares continuam em interminável fila de espera

Compasso de espera – A preocupação maior do governo da presidente Dilma Vana Rousseff é evitar que a economia brasileira sofra ainda mais com os efeitos colaterais da crise internacional, que continua chacoalhando a União Europeia e já faz vítimas em território verde-louro. Para alcançar tal objetivo, o Palácio do Planalto lançou mais uma medida pontual, deixando de lado as reformas estruturais que há anos o País aguarda. Por decisão das autoridades econômicas, o setor moveleiro já é beneficiado com a redução a zero do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre painéis de madeira, laminados de alta resistência e PVC para móveis.

Publicada na edição desta segunda-feira (20) do Diário Oficial da União, a medida vale até o próximo dia 30 de setembro e gerará uma renúncia fiscal estimada em R$ 116,2 milhões. Ou seja, o governo continua apostando no consumo interno e o setor moveleiro terá quarenta dias para fisgar incautos clientes no mercado, que mais uma vez serão vítimas do crédito fácil e do endividamento.

Desacostumado a projetos de longo prazo, o governo ignora projetos de isenção fiscal que seriam benéficos à formação dos cidadãos e, por conseguinte, garantiria um futuro melhor para o País. Sugerido pelo ucho.info, tramita na Câmara dos Deputados, após difícil aprovação no Senado Federal, projeto de lei que isenta de IPI, PIS e Cofins os materiais escolares. Não é um possível uma nação se beneficiar em termos fiscais de um setor tão importante e que representa um dos sustentáculos de um povo.

Enquanto o Palácio do Planalto, com a anuência da amestrada base de apoio no Congresso, se dedica a apagar incêndios, medidas importantes são ignoradas como se a eficácia do Brasil servisse modelo a todo o planeta. Como se sabe, aos que defendem um modelo totalitarista de poder não interessa uma sociedade esclarecida e com boa formação. Mesmo assim, o ucho.info, por meio do seu editor, continuará lutando para a aprovação do projeto de lei que beneficia os fabricantes de materiais escolares, pois a carga tributária do setor é um atentado contra a educação.