Guido Mantega abusa da falta de bom senso e garante que a partir de agora o País voltará a crescer

Piada de salão – Até recentemente, Guido Mantega, o ainda ministro da Fazenda, era alvo de piadas apenas no mercado financeiro. Com a crise econômica que se alastra pelo País e suas recentes e desconexas afirmações, Mantega agora é merecedor de chistes de profissionais das mais diversas categorias, que já sentem no bolso os efeitos da incompetência do governo do Partido dos Trabalhadores. No começo da tarde desta sexta-feira (31), em um restaurante da capital paulista, conhecidos advogados, alguns deles ligados ao PT, faziam piadas sobre o fiasco que representa o ministro.

A capacidade humorística de Mantega tornou-se evidente depois que o IBGE anunciou na manhã de hoje que a economia brasileira registrou avanço de 0,4% no segundo trimestre deste ano. Foi o bastante para o ministro da Fazenda um microfone para afirmar que o acanhado movimento positivo da economia é resultado das medidas adotadas pelo governo, não sem antes garantir que de agora em diante tudo será diferente. “Passamos a pior fase de desaceleração, que ficou concentrada no primeiro trimestre, e a economia está acelerando gradualmente”, disse Mantega.

Nesse cenário de incertezas econômicas é preciso saber as diferenças que existem entre otimismo, realidade e sandice. Acreditar que a situação um dia há de melhorar é importante, mas otimismo não paga conta. Sem mudanças definitivas e estruturais por parte do governo federal, a economia brasileira continuará sofrendo. E isso é realidade. Afirmar que, por mera incompetência, de agora em diante a economia voltará a crescer, é sandice, com direito a demissão imediata e uma camisa de força feita sob medida.

Não se pode reconhecer potencial de crescimento em uma economia que reage de forma muito acanhada aos estímulos do governo, que não melhora com a queda seguida das taxas de juro e que a inflação continua subindo mesmo diante do recuo do consumo. Só mesmo que desconhece o que é economia pode fazer afirmações de tal ordem.

Tivesse o governo da presidente Dilma Rousseff alguém com competência e coragem para apontar as barbáries cometidas contra a economia do País, Guido Mantega estaria demitido não é de hoje.