Conversa fiada – Quem acompanha o horário eleitoral gratuito e tem um raso conhecimento da legislação vigente sabe que muito do que vem sendo prometido é impossível de ser cumprido. Em muitos casos, as promessas são de tão estapafúrdias em termos financeiros que acabam sendo dragadas pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que limite os gastos dos governantes.
Na seara da habitação popular, o candidato petista Fernando Haddad tem prometido em seus programas a expansão do programa “Minha Casa, Minha Vida”, como se esse tipo de ação dependesse de um interruptor. O tal programa é apenas gerenciado pelo governo federal, cabendo a execução do mesmo a empresas privadas.
Para que o discurso de Haddad torne-se realidade é preciso inicialmente encontrar uma área onde serão erguidas as moradias. Acontece que em São Paulo está quase impossível encontrar um terreno que atenda as necessidades do projeto em termos financeiros e de extensão. Como os preços dos imóveis na capital paulista estão nas alturas, os projetos do “Minha Casa, Minha Vida” tornam-se financeiramente inviáveis para os eventuais compradores. Trata-se de questão aritmética, algo que o candidato do PT sabe como funciona, mas prefere induzir o eleitor a erro.
