Papel carbono – Como se tivesse emprestado de Lula algumas pílulas de messianismo, o ex-ministro Fernando Haddad (Educação), candidato do PT à prefeitura de São Paulo, vem prometendo em sua campanha uma revolução no sistema público de saúde caso vença as eleições municipais.
No melhor estilo ufanista de seu padrinho político-eleitoral, Haddad promete que na capital paulista as consultas médias na rede pública serão realizadas com hora marcada, como se a saúde no Brasil tivesse alcançado o esplendor na era Lula.
Para se ter ideia do que pode acontecer em São Paulo caso Fernando Haddad arranque a vitória das urnas, o que beira o impossível, basta procurar informações sobre a situação das cirurgias no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio de Janeiro. A fila de espera para a realização de cirurgias chega a dois anos, colocando muitos pacientes à margem da dignidade.
Em meados de 2006, quando dava os primeiros passos rumo à reeleição, o abusado Luiz Inácio da Silva disse que a saúde pública estava a um passo da perfeição. Meses depois, o próprio ex-metalúrgico reconheceu que sua fala foi uma mentira de campanha. Sempre arrogante em seus discursos, Lula chegou a sugerir a Barack Obama que adotasse nos Estados Unidos um modelo de saúde pública semelhante ao SUS, que na opinião do petista é eficiente e barato.