Novo corregedor do CNJ, Francisco Falcão manterá o TJ de São Paulo na alça de mira do órgão

Lupa na mão – Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Francisco Falcão é o novo corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em substituição à também ministra Eliana Calmon (STJ), que permaneceu dois anos no cargo e abriu uma frente de batalha com alguns setores do Judiciário brasileiro ao falar em “bandidos de toga” para se referir a alguns magistrados que ainda fazem da corrupção o atalho para o enriquecimento ilícito e criminoso.

Falcão, que antes da posse concedeu entrevista coletiva, disse que “a maioria dos juízes é de pessoas boas. Nós temos uma meia dúzia de vagabundos, e, essas pessoas, precisamos tirar do Judiciário. As maçãs podres é que precisamos retirar”. Sobre a antecessora, o novo corregedor do CNJ disse que ela é a grande vitoriosa. “Essa batalha está ganha e a ministra Eliana Calmon é a grande vitoriosa. O papel do CNJ é irreversível”, afirmou o ministro.

A considerar que Francisco Falcão garantiu que atuará com “mão de ferro” no combate às ilegalidades cometidas por integrantes do Judiciário, alguns desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo continuarão perdendo o sono, pois o trabalho iniciado por Eliana Calmon pelo visto não será interrompido. Principal alvo da ex-corregedora, o TJ paulista viveu maus momentos durante a gestão de Calmon.

Há casos no Tribunal de Justiça de São Paulo que extrapolam com folga a hermenêutica do Direito e transitam com extrema facilidade na seara do banditismo organizado. Como noticiou o ucho.info, o CNJ resolveu intensificar as investigações sobre a misteriosa quebra da Variglog, que foi à bancarrota depois de decisões bisonhas do Judiciário paulista. A reportagem deste site procurou ouvir alguns magistrados paulistas, ligados ao advogado da Variglog, que atua com largueza nos subterrâneos do Tribunal, mas todos alegam desconhecê-lo, o que é uma monumental inverdade.