Pressionada por alguns integrantes estrelados do partido, que temem pela condenação da maioria dos réus, Dilma resolveu mudar de opinião e indicou Teori Albino Zavascki, ministro do Superior Tribunal de Justiça, para a vaga aberta no STF. A informação foi confirmada há instantes pelo porta-voz da Presidência, Thomaz Traumann.
A indicação deve ser publicada na edição de terça-feira (11) do Diário Oficial da União, mas antes de assumir o novo ministro do Supremo terá de passar por uma sabatina no Senado Federal, que a exemplo da Câmara dos Deputados está em “recesso branco” por conta das eleições municipais.
A indicação de um ministro para a cadeira de Cezar Peluso de certa forma tranquiliza parte da cúpula petista, preocupada com a possibilidade de empate nas votações da Ação Penal 470 (Mensalão do PT), uma vez que a Corte atualmente conta com apenas dez magistrados. Em caso de empate, o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, seria obrigado a dar o chamado voto de minerva. Como Ayres Britto já ser favorável à condenação dos réus do mensalão, Dilma foi obrigada a mudar de ideia e a se antecipar.
Novo ministro
Catarinense de Faxinal dos Guedes, Teori Albino Zavascki, 64 anos, tomou posse como ministro do no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 8 de maio de 2003, indicado pelo então presidente Luiz Inácio da Silva.
Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mestre em Direito Processual Civil e doutor em Direito Processual Civil pela mesma universidade, Teori Zavascki foi membro do Conselho da Justiça Federal (2001 a 2003); presidente da Corte do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (2001 a 2003); juiz do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (1989 a 2003); vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (1997 a 1999); juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (1991 a 1995); advogado do Banco Central do Brasil (1976 a 1989).