Vandalismo alviverde – A derrota do quase rebaixado Palmeiras para o arquirrival Corinthians, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, ultrapassou os portões do Estádio Paulo Machado de Carvalho, o histórico Pacaembu. Depois do segundo marcado pelo alvinegro paulistano, membros de torcidas organizadas do Palmeiras invadiram o setor de cadeiras numeradas e se aproximaram da tribuna, onde fizeram ameaças ao presidente do clube, Arnaldo Tirone, e ao diretor de futebol Roberto Frizzo.
Para deixar o estádio, a diretoria palmeirense precisou de um reforçado esquema de segurança, pois do contrário uma tragédia poderia acontecer na parte externa do Pacaembu. Os cartolas palmeirenses pouco têm a reclamar, pois sempre deram espaço demasiado aos representantes das torcidas organizadas, consultados pelos dirigentes do clube sobre a escolha do treinador interino Narciso.
Acontece que o inconformismo da torcida palmeirense ultrapassou com largueza as fronteiras do bom senso. No começo da noite deste domingo (16), por volta das 19h30, torcedores do clube invadiram e depredaram a lanchonete Frevo, uma das mais tradicionais da capital paulista e instalada no coração dos Jardins, região nobre da cidade. O ato de vandalismo ocorreu porque o proprietário do “Frevinho”, como é popularmente chamada a lanchonete, é coincidentemente Roberto Frizzo.
Funcionários informaram que os vândalos chegaram ao local e avisaram que apenas destruiriam a lanchonete e que ninguém seria atingido. Os torcedores quebraram vidros, cadeiras e a caixa registradora do estabelecimento. Como sempre acontece, especialmente aos domingos, o Frevinho estava repleto de clientes, mas por sorte ninguém foi ferido pelos baderneiros, que até as 22 horas não haviam sido presos, de acordo com informações da Polícia Militar.