Depois de se lambuzar no mensalão, PT consegue na Justiça suspender o uso do escândalo por adversários

Face lenhosa – Passados sete anos da revelação do maior escândalo de corrupção da história verde-loura, os réus que constam da Ação Penal 470, em julgamento no Supremo Tribunal Federal, insistem em dizer que são vítimas das elites, de setores da imprensa e do Judiciário. Comportamento típico de criminosos profissionais.

Como a desfaçatez petista não é pequena, alguns candidatos do partido às eleições municipais não querem ouvir falar do Mensalão do PT. É o caso de Nelson Pelegrino, candidato à prefeitura de Salvador e incensado pelo chefe maior do mensalão, o abusado Luiz Inácio da Silva. Pelegrino, que por pequena margem lidera as pesquisas de intenção de voto, conseguiu na Justiça Eleitoral que a coligação encabeçada por Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), não mencione ou faça qualquer referência ao escândalo que pode mandar para a cadeia um punhado de mensaleiros, inclusive do PT.

A decisão foi tomada pelo juiz Eduardo Afonso Maia Caricchio, da 12ª Zona Eleitoral de Salvador, que acolhe pedido formulado pela chapa encabeçada por Nelson Pelegrino e concedeu direito de resposta de seis minutos à coligação petista.

Tão logo Pelegrino passou a usar o vídeo de ACM Neto prometendo “dar uma surra” no então presidente Luiz Inácio da Silva, o Democratas começou a citar o escândalo do Mensalão do PT nos programas de campanha, que terminavam com uma homenagem ao ministro Joaquim Barbosa (STF), relator do processo.