Revisor do mensalão, Lewandowski atua como advogado de defesa e corre para inocentar petistas

Vergonha nacional – Desde o início do julgamento do Mensalão do PT, o ministro Ricardo Lewandowski, revisor da Ação Penal 470, se especializou em arrastar ao máximo as sessões plenárias do Supremo Tribunal Federal, o que na prática beneficiaria o Partido dos Trabalhadores nas campanhas dos candidatos às eleições municipais do próximo domingo (7).

De forma surpreendente, Lewandowski, ao final da leitura do voto do ministro Joaquim Barbosa (relator), disse ao presidente da Suprema Corte que estava pronto para seguir adiante, o que denota a sua preocupação em inocentar de forma célere os integrantes da cúpula petista, minimizando os efeitos do voto de Joaquim Barbosa nas eleições municipais.

Resumindo de forma impressionante o próprio voto, Ricardo Lewandowski condenou o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, Cristiano de Mello Paz, Ramon Hollerbach e Simone Vasconcelos. O revisor inocentou Anderson Adauto, Rogério Tolentino e Geiza Dias da acusação de corrupção ativa.

Lewandowski condenou Delúbio Soares, pelo fato de a acusação ter mostrado que o mesmo era figura constantemente presente em todos os capítulos da fábula criminosa em que se transformou o mensalão. Em relação ao ex-presidente do Partido dos Trabalhadores, José Genoino, o revisor considerou improcedente a denúncia da Procuradoria-Geral da República. A atuação de Lewandowski acabou se confundindo com a de um aguerrido advogado de defesa, que só não concretizou porque o palavrório não foi disparado a partir da tribuna do plenário.

A continuar como advogado de defesa dos petistas, Ricardo Lewandowski deve inocentar o deputado cassado José Dirceu de Oliveira e Silva, acusado de ser o chefe da quadrilha do Mensalão do PT.