Campo minado – Atuando de forma desavergonhada como advogado de defesa do réu José Dirceu de Oliveira e Silva, o que já provoca constrangimento no plenário do Supremo Tribunal Federal, o ministro Ricardo Lewandowski insiste, de forma desavisada, em um tema que é a chave para elucidar o maior escândalo brasileiro de corrupção. Revisor da Ação Penal 470, Lewandowski tem repetido a viagem feita a Portugal por Marcos Valério Fernandes de Souza e Emerson Palmieri, então tesoureiro do PTB.
Na nação irmão, Marcos Valério e Palmieri reuniram-se com altos executivos da empresa Portugal Telecom, que à época tinha interesse em adquirir a Telemig Celular, cuja conta publicitária estava sob a responsabilidade de uma das agências de propaganda do operador financeiro do Mensalão do PT.
O encontro com os empresários portugueses foi previamente autorizado por José Dirceu, como denunciou e posteriormente confirmou o deputado cassado Roberto Jefferson, delator do escândalo. O objetivo da viagem era conseguir junto à empresa portuguesa de telefonia um valor em propina para viabilizar o negócio, dinheiro esse que serviria para quitar dívidas de campanha do PTB e comprar a consciência de alguns dos parlamentares filiados à sigla.
Foi a partir de campanhas publicitárias superfaturadas, encomendadas por algumas empresas de telefonia celular, que o caixa do Mensalão do PT recebeu muito mais dinheiro do que os R$ 55 milhões desviados do Banco do Brasil por meio de Henrique Pizzolato.
Tendo movimentado maios de R$ 300 milhões, o caixa do mensalão recebeu dinheiro depositado em contas no exterior, cuja repatriação se deu de forma supostamente legal através de empréstimos bancários fictícios, largamente mencionados na acusação oferecida pela Procuradoria-Geral da República.
A afirmação que ora faz o ucho.info tem não apenas lógica de raciocínio, mas provas incontestes, pois seu editor foi grampeado por um empresário oportunista da área de telefonia, sendo que uma das conversas gravadas foi utilizada por envolvidos no Mensalão do PT como base para ameaçá-lo de morte. Enquanto o editor do ucho.info apresentava à CPI dos Correios provas incontestes desse capítulo criminoso do mensalão, a grande imprensa chamava-o de esquizofrênico, sob a desculpa de que precisava diariamente criar um inimigo para digladiar.
Por outro lado, e ainda mais grave, quando integrantes da CPI dos Correios compreenderam ser verídicas e consistentes as provas apresentadas por este noticioso, aprovando pertinentes requerimentos de convocação, o editor foi informado, em Brasília, sobre o sequestro de sua mãe, que permaneceu nas mãos dos criminosos, em São Paulo, durante quase oito horas. A intimidação materializou-se logo em seguida, com os criminosos contratados enviando ao editor, em caixa de papelão, os objetos pessoais de sua mãe.