Antes da hora – Com base nas mais recentes pesquisas de intenção de voto (Ibope e Datafolha), que apontam o petista Fernando Haddad à frente na disputa pela prefeitura de São Paulo, diversos setores do Partido dos Trabalhadores já brigam por cargos na administração paulistana.
Muito antes da realização do segundo turno, no próximo domingo (28), a cúpula do PT contraria o discurso de Haddad, que prometeu vestir a camisa da honestidade em caso de vitória, com ela chegando ao último dia de um eventual mandato. Em primeiro lugar é preciso lembrar que Fernando Haddad já deveria estar usando a tal camisa dos probos. O segundo detalhe é que não dá como falar em honestidade com um partido de mensaleiros querendo lotear, com antecedência, os cargos na administração da maior cidade brasileira.
A ousadia que marca o atual momento da campanha de Haddad é tamanha, que o assunto chegou à Assembleia Legislativa de São Paulo, onde o loteamento da prefeitura da capital paulista é tratado como mercadoria em mercado persa.
Considerando a volúpia com que alguns petistas avançaram sobre os cofres federais para garantir parte do Mensalão do PT, não é difícil imaginar o que pode acontecer com um orçamento de R$ 42 bilhões (valor para 2013) caso Fernando Haddad saia vitorioso das urnas. Diante desse quadro, o melhor é pensar bem antes de votar. Até porque, político não tem recall.