Impressão digital – Lideranças petistas têm tentado desqualificar o depoimento de Marcos Valério Fernandes de Souza ao procurador-geral da República, mas nada do que foi revelado acerca do mensalão pode ser considerado como inverdade.
Como sempre afirmou o ucho.info, apesar das inúmeras críticas e ameaças, o caso Celso Daniel e o Mensalão do PT têm ligações incontestáveis. Além da revelação de Marcos Valério a respeito das ameaças feitas ao então presidente Lula por um empresário de Santo André, que exigiu dinheiro para manter-se em silêncio, os recursos das propinas cobradas em Santo André, durante a gestão de Celso Daniel, foram enviados ao exterior e repatriados por meio dos empréstimos fictícios, alvo do julgamento da Ação Penal 470 no Supremo Tribunal Federal.
Cotado para assumir mo Ministério da Fazenda no caso de vitória de Lula, em 2002, Celso Daniel foi morto de forma brutal e covarde apenas porque discordou da destinação dada ao dinheiro imundo que era cobrado de empresários de Santo André. Parte do produto da propina custeou a compra de casas de veraneio em badaladas cidades ao redor da cidade de São Paulo.
Diferentemente do que ainda afirmam integrantes da cúpula do PT, a morte de Celso Daniel não foi um crime comum, tese que a polícia paulista rápida e burramente aceitou, encerrando uma investigação de um homicídio motivado por questões políticas. Tal teoria encontra amparo na forma como Celso Daniel foi torturado, inclusive submetido a empalação, antigo método de tortura utilizado pelos assírios, séculos antes de Cristo.
Outra prova de que o assassinato de Celso Daniel não foi um crime comum são as diversas movimentações nas contas bancárias que receberam o dinheiro da propina, ocorridas meses após o bárbaro homicídio.
Pelo menos sete pessoas, entre testemunhas e envolvidos no crime, morreram meses depois vítimas de homicídio. Na lista dos que desapareceram misteriosamente depois do assassinato de Celso Daniel está o médico-legista Carlos Alberto Delmonte Printes, encontrado morto em seu escritório, em 12 de outubro de 2006, no escritório no bairro de Vila Mariana, na Zona Sul da capital paulista. Quem teve acesso às informações sobre o caso e ousou revelá-las também foi alvo de intimidações e ações criminosas. É o caso do editor do ucho.info, que foi processado e ameaçado. Conhecidos advogados, ex-integrantes de Cortes superiores da Justiça brasileira e que na ocasião defendiam o PT, passaram a enviar ao editor do site mensagens eletrônicas de caráter intimidatório.
Confira abaixo os principais trechos das gravações telefônicas do caso Celso Daniel, divulgadas à época com exclusividade pelo ucho.info. Em uma delas, o atual ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República, e Ivone Santana tratam a morte de Celso Daniel com frieza.
