Cúpula do Partido dos Trabalhadores perdeu a vergonha e não se incomoda mais com escândalos

Óleo de peroba – A vocação do Partido dos Trabalhadores para o banditismo político é um atentado contra a democracia. Como se não bastassem os efeitos negativos das condenações decorrentes do julgamento do Mensalão do PT, o partido insiste em desafiar a parcela pensante da sociedade.

Eleito prefeito de São Paulo, o petista Fernando Haddad convidou o deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) para assumir a Secretaria de Transportes, posto que ocupou durante a administração de Marta Suplicy e à época acusado de favorecer perueiros ligados ao PCC.

Líder do PT na Câmara dos Deputados, Tatto será substituído pelo companheiro José Nobre Guimarães (PT-CE), irmão de José Genoino, condenado pelo Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Tão abusado quanto arrogante, José Nobre Guimarães é o mentor do escândalo dos dólares na cueca, episódio que ocorreu logo depois do imbróglio petista que ficou conhecido como Dossiê Cuiabá.

Não obstante, Guimarães teve o nome citado no Relatório de Inteligência da Operação Águas Claras, que investigou empresários acusados de corrupção e fraudes em licitações de prestadoras de serviços a autarquias de água e esgoto de municípios de quatro estados, inclusive o Ceará.

A Operação Águas Claras foi deflagrada na última segunda-feira (12) em Sorocaba, no interior paulista, e contou com uma força-tarefa integrada pela Polícia Civil e pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) da cidade, apêndice do Ministério Público de São Paulo. Os policiais prenderam 18 investigados e fizeram buscas em 25 endereços domiciliares e comerciais. O alvo principal da operação é a Allsan Engenharia e Administração e seus sócios, os empresários Reynaldo Costa Filho e Moisés Ruberval Ferraz Filho.

A operação não flagrou telefonemas de José Nobre Guimarães, mas detectou seguidas citações ao seu nome em diálogos grampeados dos empresários da Allsan, que chamam o deputado petista ora pelo nome, ora por “cueca”, ora por “capitão cueca”. Cópia do relatório será enviada ao Ministério Público do Ceará.