Audácia vermelha – Em sua passagem pela Espanha, onde participou da Cúpula Ibero-Americana, a presidente Dilma Rousseff tentou ensinar aos europeus como sair da crise. Dilma disse que apenas ajuste fiscal não resolve, sendo necessário crescimento econômico. Sem dúvida a União Europeia erra ao aumentar impostos e cortar gastos, sem investir em setores que proporcionem a geração de empregos, mas Dilma não é a pessoa mais adequada para esse tipo de lição.
No caso da Espanha, por exemplo, o governo local está empenhado em recuperar a competitividade da indústria, o que há muito não acontece no Brasil, obrigando o setor produtivo nacional a enfrentar a concorrência desleal dos produtos importados.
Ademais, Dilma deveria envergonhar-se ao falar sobre crescimento econômico, pois estimativas de analistas financeiros consultados pelo Banco Central apontam para um avanço de 1,52% o PIB em 2012. Há economistas apostando que o Produto Interno Bruto deve fechar o ano na casa de 1,3%.
A presidente brasileira citou as medidas tomadas por seu antecessor para enfrentar os efeitos da crise de 2008, mas esqueceu de mencionar que a população brasileira se endividou em níveis recordes e a inadimplência disparou de maneira assustadora.
Sebastián Piñera, presidente do Chile, que participou do evento, não ousou ensinar os europeus a saírem da crise e nem mesmo falou de crescimento, mesmo sabendo que no terceiro trimestre deste ano a economia chilena ter registrado crescimento de 5,7%. No acumulado do ano a economia do Chile já registra crescimento de
