Tudo combinado – Admitamos que Rosemary Nóvoa de Noronha é uma pessoa extremamente abusada, mas nem mesmo em sonho ela usaria o nome de Luiz Inácio da Silva para a prática de tráfico de influência sem o consentimento do próprio.
Pessoa de confiança de Lula e do próprio José Dirceu, de quem foi assessora durante doze anos, Rosemary agia com desenvoltura e com a anuência de ambos nas falcatruas que cometia em relação aos pareceres técnicos para atender interesses de grupos privados.
O único problema é que Rosemary de Noronha é daquelas malandras de quinta, pois cobrava como contrapartida dos favores (sic) que prestava viagens em cruzeiros e cirurgias plásticas, o que mostra o nível dos alarifes que circundam Lula.
O ex-presidente por certo dirá que de nada sabia e mostrar-se-á surpreso, mas tudo acontecia com o seu consentimento expresso. A decisão de Dilma Rousseff de demitir ou afastar os envolvidos nos esquema é apenas e tão somente uma cortina de fumaça para enganar a opinião pública, pois a presidente quer mesmo estar apta para disputar a reeleição em 2014.
No que se refere à Advocacia-Geral da União, há meses foi oferecida à família do editor um parecer favorável em processo judicial em troca de quantia em dinheiro. Por questões de ética e consciência preferimos seguir o rito normal da Justiça a correr qualquer tipo de risco, até porque quem já aguardou quarenta anos por uma decisão pode esperar um pouco mais.