Devaneio oficial – Durante o sorteio dos grupos da Copa das Confederações, que acontece em junho de 2013 no Brasil, a presidente Dilma Rousseff misturou ufanismo com inverdades ao dizer que o Brasil está preparado para ambas as competições (Copa das Confederações e Copa do Mundo).
“Temos a certeza de que nós nos preparamos bem para realizar um extraordinário espetáculo esportivo. Vamos mostrar, em junho de 2013, que o Brasil tem todas as condições de fazer a Copa de 2014. O Brasil, que é um país democrático, que convive em paz com todos os seus vizinhos, que tem uma economia forte, que perseguiu e conquistou a inclusão de milhões de brasileiros, que não tem uma cultura de preconceitos, nem tampouco uma cultura de exclusão; um país que preza os direitos humanos”, disse Dilma.
Como se sabe, o Brasil não está preparado para receber as duas competições, pois essa aludida preparação não se resume à construção de estádios bilionários, alguns dos quais se transformarão em verdadeiros “elefantes brancos” depois do fim da Copa do Mundo, pois em alguns estados o futebol em tempos normais é infinita e inversamente proporcional ao tamanho das arenas que estão sendo erguidas.
O grande gargalo do Brasil está na infraestrutura, como um todo, e que não avança porque o governo cria dificuldades aos eventuais investidores, fixando a taxa de retorno daqueles que despejarão seu dinheiro em obras de que o País tanto precisa. O PT palaciano precisa compreender que é ultrapassado o pensamento de que lucro é pecado. Quem investe quer ganhar dividendos correspondente ao dinheiro desembolsado e que entende ser justo.
Não sendo assim, o investidor migra para outros mercados, deixando a responsabilidade pela infraestrutura ao governo federal. Há dois bons exemplos nessa área, que fazem com que o País retorne ao período da ditadura militar, quando os investimentos eram exclusivamente de responsabilidade do Estado. O primeiro exemplo é o trem-bala, cujo processo de licitação vem sendo adiado há muito tempo por dificuldades nas regras para os investidores privados. A Usina de Belo Monte, que n começo tinha um cipoal de investidores interessados no projeto, mas que vai acabar no colo da Eletrobras, que será financiada aos bilhões pelo BNDES.
Se a presidente Dilma Rousseff não começar a se mexer e colocar seus assessores para trabalhar, a chance de reeleição diminuirá a cada novo dia, empurrada ao ralo por uma economia que custa a decolar e está ficando para trás.
Em relação à Copa do Mundo de 2014 ainda há muito a fazer, quiçá não seja tudo. Os aeroportos, preocupação maior e inicial de Jérôme Valcke, secretário-geral da FIFA, continuam à deriva e muitas das respectivas obras não ficarão prontas a tempo da principal competição do futebol do planeta.
Não faz muito tempo, Pelé disse que o Brasil estava fadado a patrocinar um enorme vexame na Copa, mas ele acabou mudando de ideia, pois o Edson Arantes do Nascimento foi abduzido pelo Palácio do Planalto. Eu continuo apostando na primeira fala de Pelé. Será um vexame!