Arrumando a agenda – Ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy fez um apelo, nesta terça-feira (11), a entidades como a FIFA e o Comitê Olímpico Internacional (COI) para que flexibilizem os calendários de suas respectivas competições, permitindo que estas sejam organizadas por um número maior de países.
“Digo isto com o coração, acho que o tema do calendário precisa ser reconsiderado. O esporte é universal. O calendário é um significado para um fim, não um fim em si mesmo. Por esta razão necessitamos adaptar o calendário”, afirmou Sarkozy durante seu discurso no fórum Doha Goals.
O ex-presidente reconheceu que “respaldou e aplaudiu” a escolha do Catar como organizador da Copa do Mundo de 2022, o que pode obrigar a FIFA a mudar o calendário da competição em razão do forte calor na região durante os meses de junho e julho.
“A Copa do Mundo não pode ser prerrogativa de França, Itália ou Grã-Bretanha unicamente. O futebol tem tal importância no mundo todo que deve ser compartilhado. Não pode ser propriedade exclusiva de poucas nações ocidentais. Se você ama o futebol, deve compartilhá-lo”, acrescentou Sarkozy
O fórum Doha Goals contou também, nesta terça, com a participação de Sebastian Coe, responsável pelo comitê organizador de Londres 2012 e presidente desde novembro da Associação Olímpica Britânica, que externou sua confiança que África, Índia e Oriente Médio recebam algum dia as Olimpíadas.
“Se quer construir uma capacidade global para o esporte, tem que levar em conta lugares onde há desafios, ambientais, tecnológicos ou para desenvolver esses eventos. Parte desse debate é o calendário”, declarou Coe.
Em sua opinião “não se trata unicamente de deslocar o Mundial ou as Olimpíadas umas poucas semanas em um ou outro sentido”, já que há aspectos importantes ao redor das competições como os contratos de televisão, que também devem ser considerados.