Situação difícil – A presidente Dilma Rousseff negou publicamente a possibilidade de demissão do ainda ministro Guido Mantega, que também descarta renunciar, apesar de a economia brasileira estar em péssima situação.
Mesmo com o anúncio de que a economia pode crescer alguns décimos de ponto percentual no último trimestre do ano, o que não fará com que o PIB saia da casa de 1%, cresce nos bastidores do poder, em Brasília, a pressão para que Dilma tome uma atitude e se livre de Mantega o quanto antes, sob pena de colocar em risco seu projeto de reeleição.
Integrantes do PT e da chamada base aliada estão preocupados cada vez mais com os fracos resultados das medidas adotadas pelo ministro da Fazenda para estimular a economia, ao mesmo tempo em que cobram soluções mais rápidas e pontuais. Uma das propostas, a de redução das tarifas de energia elétrica, esbarra em entraves jurídicos e contratuais, que podem colocar tudo a perder.
Fora isso, o crescente intervencionismo do Estado em muitos setores da economia coloca em alerta os investidores estrangeiros. Em Paris, onde anunciou a construção de 800 aeroportos regionais, Dilma Rousseff ouviu de empresários europeus que era preciso mudar as regras do negócio para que haja investimentos. Diante do impasse, a presidente revelou que a participação do governo nos aeroportos será menor.
Outro assunto que emperra o crescimento da economia é a decisão do governo de querer estipular o percentual de retorno de quem investe no Brasil. E por essas e outras que muitos projetos continuam engavetados à espera de dinheiro do governo ou da boa vontade do capital estrangeiro.