Chuvas de verão mostram a total falta de condições do Brasil para sediar a Copa do Mundo de 2014

Debaixo d’água – Em 31 de outubro de 2007, quando foi anunciado, na Suíça, o país-sede da Copa do Mundo de 2014, o ucho.info afirmou que a FIFA cometera um equívoco e o governo brasileiro uma enorme irresponsabilidade. Na ocasião fomos duramente criticados, enquanto a população incauta comemorava nas ruas de muitas cidades do País a escolha da entidade maior do futebol planetário.

Nossas críticas tinham e ainda têm como base as necessidades emergenciais que levam o País à paralisia e tiram do povo os direitos básicos garantidos pela Constituição, como acesso à saúde, educação e segurança, para não alongar a lista.

O Brasil vive um momento de instabilidade que não é decorrente apenas da crise internacional, mas em grande parte da incapacidade de um partido que, mesmo sem quadros, chegou ao poder central na esteira de promessas absurdas e de um messianismo barato sem precedentes.

Para se ter ideia do caos em que se transformaram muitas das mais importantes cidades brasileiras, na quarta-feira (9) São Paulo e Rio de Janeiro eram cópias tropicais de Veneza, depois de forte chuva. Na Zona Leste paulistana, ruas alagaram, moradores caminhavam com água pela cintura, casas foram inundadas e carros quase submergiram. Já na Cidade Maravilhosa, mais precisamente na Zona Oeste, moradores nadaram em ruas alagadas e cheias de lixo.

Enquanto a população sofre com a inoperância dos governantes, os cofres oficiais despejam fortunas na construção e reforma de estádios, que em alguns casos serão verdadeiros elefantes brancos após o término da competição. Acontece que nessa história de Copa do Mundo uma minoria lucra de maneira absurda, às custas do sofrimento de pessoas que ainda se deixam levar pela velha e conhecida estratégia do pão e circo.