Inflação fecha 2012 em 5,84%, mas governo do PT considera conquista reajuste de 7,9% aos professores

Piada de salão – Mais uma vez o governo federal vem à cena para ludibriar a opinião pública. Ministro da Educação, o ineficaz e “irrevogável” Aloizio Mercadante informou, nesta quinta-feira (10), que o reajuste do piso salarial de professores do ensino básico da rede pública, que engloba educação infantil e nível médio, será de incríveis de 7,97268%. Com o aumento, o piso salarial para os professores passa de R$ 1.451 para R$ 1.567.

No mesmo dia em que Mercadante anunciou esse pífio aumento, que faz com que o piso da categoria equivalha a pouco mais de dois salários mínimos e coloca os professores na nova classe média brasileira, uma invenção utópica e fanfarrista de Lula, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a inflação oficial de 2012: 5,84%. Desde que a incompetência do PT no campo da governança tornou-se evidente e incontestável, o IBGE foi obrigado a submeter ao crivo do Palácio do Planalto todas as pesquisas que envolvam questões econômicas. Em outras palavras, a inflação oficial destoa da inflação real, aquela que os cidadãos encontram nas prateleiras dos supermercados, por exemplo.

Tomando como base a inflação oficial, o aumento real dos professores da rede pública de ensino foi de 2,13%, o que é uma vergonha se considerado o fato de que somente a educação de qualidade é capaz de tirar uma nação do atoleiro do conhecimento.

Fosse a época em que engrossava e puxava o coro da oposição, o Partido dos Trabalhadores já teria patrocinado uma enorme gritaria diante do reajuste anunciado por Aloizio Mercadante. Muros já teriam sido pichados com palavras de ordem, sedes de governo estariam cercadas por manifestantes, como aconteceu com o ex-governador Mario Covas, que deixou o Palácio dos Bandeirantes para enfrentar os professores da rede estadual que protestavam junto à sede do Executivo paulista, que na ocasião esteve a um passo de ser invadido.

Quando o professor e historiador Marco Antonio Villa classifica como perdida a última década para o Brasil, não se trata de exagero. O País caminhou vergonhosa e assustadoramente para trás sob o comando do PT, um agrupamento de incompetentes acostumados com o ufanismo e que se especializaram em atos de corrupção. O estrago feito por Lula exigirá dos brasileiros, como sempre reiteramos, pelo menos cinquenta anos de esforço coletivo e continuado para recuperar o prejuízo.

Rompe a barreira do inaceitável a letargia contemplativa com que a parcela pensante da sociedade brasileira se posta diante dos fatos, que em qualquer país minimamente civilizado, cujo povo que tem consciência e sangue correndo nas veias, já teria rendido a fuga de qualquer governante tomado pela imbecilidade. É preciso que alguém, com capacidade extrassensorial, decifre a dificuldade que os brasileiros têm para se unir e enfrentar o criminoso status quo.

Por enquanto, o cidadão trabalha cinco meses por ano para pagar impostos, sem que a devida contrapartida ocorra na proporção correspondente. Pelo andar da carruagem, a situação só tende a piorar. Tomem como exemplo, caros leitores, a vizinha e submissa Venezuela.