Sem freio – O Palácio do Planalto não confirma, mas o preço dos combustíveis deve subir até o fim do mês de janeiro. A previsão é que a gasolina aumente 7%, enquanto o preço do óleo diesel terá majoração de até 5%.
Esse aumento, há meses reclamado pela Petrobras e cujo atraso provocou prejuízos bilionários à estatal petrolífera, será um dos fatores a anular a redução das tarifas de energia elétrica, de até 20,2%, instrumento usado pela presidente Dilma Rousseff para o habitual populismo de final de ano e arma encontrada pelo incompetente e ainda ministro Guido Mantega para estimular uma economia que já não sabe que direção tomar.
A redução da tarifa de energia irá pelo ralo quando as passagens de ônibus aumentarem nas principais capitais brasileiras, algo que não aconteceu ainda por interferência do governo federal, cada vez mais perdido em relação à economia.
A inflação deve disparar logo depois do Carnaval com a majoração dos combustíveis, que, em efeito cascata, impactará nos preços de produtos e serviços, a começar pelos itens de alimentação, cada vez mais inacessíveis. Quem tem o hábito de ir regularmente ao supermercado ou às feiras livres já percebeu que compra-se menos com a mesma quantia em dinheiro, movimento que se repete mês a mês.
A inflação oficial de 2012, anunciada pelo governo do PT, de 5,84% é para inglês ver. No cotidiano é possível perceber a disparada da inflação em vários segmentos. No setor de alimentos, o aumento de preços já chega a 30%. Quando isso não ocorre, os fabricantes, com o intuito de manter o mercado, reduzem visivelmente a qualidade dos produtos.
Para manter a alimentação em níveis mínimos e aceitáveis, o consumidor passou a inadimplir em outros segmentos, como o das concessionárias de serviços públicos. E as contas de luz, água, telefone e celular já são pagas com atraso médio de trinta dias. A economia é uma bicicleta que precisa estar em movimento constante. Se uma engrenagem quebrar ou o ciclista sentir cansaço…