Lançada campanha “Banco de Milhagem”, a partir das passagens de políticos, em favor de desvalidos

O direito é do povo – Muitos são os brasileiros que deixam a terra natal em busca de novas oportunidades no exterior. Apesar da tão comentada crise internacional, que abala principalmente a União Europeia, é muito melhor viver nesses países do que no Brasil. Há por aqui milhões de cidadãos que topariam sem pensar viver nesses países afetados pela crise.

Nos últimos meses, temos nos deparado com notícias de brasileiros que lamentavelmente, por motivos dos mais diversos, morreram no exterior e as respectivas famílias não têm condições financeiras para repatriar o corpo. O governo federal, quando procurado, por meio do Itamaraty, se limita a dar atenção aos assuntos burocráticos do post mortem e do traslado, mas não coloca a mão no bolso sob a desculpa de que a lei não permite. O máximo que o governo faz é mandar um avião buscar brasileiros que vivem em áreas de conflitos internacionais, quando a situação local ultrapassa o limite do bom senso. Ou seja, a dor da uma família que perdeu um ente querido nada representa.

Pois bem, o ucho.info lança nesta quarta-feira (16) uma campanha batizada de “Banco de Milhagem”. Deputados, senadores e integrantes do governo federal têm passagens aéreas custeadas pelos contribuintes. Todas as vezes que saem de seus redutos eleitorais em direção a Brasília ou fazem o caminho de volta, no caso dos parlamentares, ou viajam pelo Brasil ou ao exterior, no caso de integrantes do governo, acumulam milhas. São Pelo menos 5 mil viagens por mês, o que deve render muitas milhas. Esse benefício tem sido usado pelos próprios parlamentares, não para trabalho, mas para o lazer. Em alguns casos, o acúmulo de milhas é tamanho, que famílias inteiras viajam de férias para o exterior.

Ora, se quem paga as passagens dos parlamentares é o povo, a ele pertence essas milhas. A ideia é transferir essas milhas para o que ora batizamos de “Banco de Milhagem”, sendo que as mesmas servirão em casos extremos, como, por exemplo, quando é constatado que uma família não tem como trazer ao Brasil o corpo de um parente no morto no exterior ou, então, quando um cidadão, também desprovido de condições financeiras, necessita de tratamento médico de urgência em outro estado da federação.

É preciso acabar com as mordomias concedidas aos parlamentares, que com produção pífia custam mensalmente, cada um, R$ 130 mil aos cofres oficiais. Quando as eleições se aproximam, todos são solícitos e atenciosos, mas depois de eleitos simplesmente ignoram os eleitores. Unidos conseguiremos criar esse “Banco de Milhagem”.

O ucho.info já acabou com muitas mordomias que existiam no Congresso, ou mudou a forma como eram concedidas para evitar fraudes, como os engraxates que ficavam à disposição dos parlamentares e eram pagos com o suado dinheiro do trabalhador. Vamos lá!