Lula fica chateado com a invasão do seu instituto e Okamotto discorda do método dos sem-terra

Veneno caseiro – O tempo é o senhor da razão. E Lula há de perceber isso, pois o relógio na para. Informado pelo trem-pagador Paulo Okamotto sobre a invasão do instituto que leva o seu nome, por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra, Lula se limitou a dizer estar chateado, pois foi obrigado a mudar a agende, disse o presidente do órgão. “Relatei o movimento e ele ficou chateado porque o pessoal invadiu e ele teve de mudar a agenda, mas faz parte”, disse Okamotto.

De acordo com Paulo Okamotto, que é presidente do instituto, Lula iria ao escritório nesta quarta-feira (23), mas decidiu viajar para local ignorado. Okamotto aproveitou para dizer que o grupo tem o apoio do ex-metalúrgico, mas que ele [Okamotto] discorda do método dos invasores. “Eles têm a solidariedade do presidente Lula para resolver o problema do assentamento e de todos nós. O que eu não posso concordar é com os métodos que eles estão usando. Eu acho que é inadequado, não pediram sequer uma audiência. Nunca pediam apoio”, disse.

Homem de confiança do ex-presidente, Okamotto disse que tudo o que o instituto poderia para os invasores, além de oferecer “café e água” já foi providenciado. “Mais do que isso é dizer que o movimento deles está certo, mas que a forma não me parece muito correta”, completou.

O interessante nessa história, em que Lula e seus compadres sentem na pele a sandice de tudo o que eles próprios durante décadas pregaram a e apoiaram, é que esse tipo de vandalismo só á válido na propriedade alheia. Quando o alvo é alguma propriedade petista o caso é considerado absurdo.

Quando o MST invadiu e destruiu uma fazenda de Fernando Henrique Cardoso, no interior de Minas Gerais, com os integrantes acabando com tudo o que tinha na casa-sede, o PT não apenas apoiou a invasão, como riu da situação do então presidente, que mais tarde vendeu a propriedade.

A mesma postura, a de desfaçatez, teve o então presidente Lula por ocasião da invasão e destruição da Câmara dos Deputados, em junho de 2006, ação coordenada pelo petista Bruno Maranhão, que depois do episódio continuou integrando a cúpula do PT e sendo recebido no Palácio do Planalto.

Lula não deveria se chatear com a ação dos companheiros de badernas, pois não há notícia no mundo que um corrupto de quadro costado precise de um instituto para propagar suas ideias e modus operandi. Que os sem-terra fiquem onde estão, pois veneno caseiro ninguém gosta de provar.