Óleo de peroba – O Brasil vive um contínuo processo de inversão de valores. Quem está no poder rouba como e quando quer, mas nada acontece. Na verdade, o que acontece é que o povo e as instituições são alvo de zombaria desses saltimbancos, que tentam implantar no País um projeto totalitarista de poder, a exemplo do que já existe na vizinha Venezuela, onde golpes da esquerda fazem parte do cotidiano local.
Lula, como se sabe, foi o comandante-mor do Mensalão do PT, o maior escândalo de corrupção da história nacional, sem contar os outros imbróglios de sua era, mas ele insiste em negar sua participação, mesmo sabendo da sua culpa, até porque as reuniões da bandidagem aconteciam na sala ao lado do seu gabinete, no Palácio do Planalto. Ao contrário do que tenta acusar seus adversários e desafetos, Lula é vagabundo com todas as letras, mas de idiota nada tem. Afinal, um idiota não chega ao poder central, faz o que ele fez e deixou fazer e sai impune, pelo menos por enquanto.
A mais recente descoberta da Polícia Federal aponta para um conluio criminoso entre Lula e Rosemary Noronha, sua namorada, que foi demitida por Dilma do cargo de chefe de gabinete do escritório paulistano da Presidência da República. A Operação Porto Seguro tem mais de uma centena de gravações de telefonemas entre Lula e Rosemary, mas o Palácio do Planalto trabalha diuturnamente para que o material não vaze. Se isso acontecer, Lula estará arruinado politicamente e será obrigado a deixar o apartamento em que mora, em São Bernardo do Campo, pois a ex-primeira-dama não suportará tamanha traição.
Acusada de participar da quadrilha desbaratada pela Polícia Federal, Rosemary Noronha, a Marquesa de Garanhuns, continua dando ordens. Sua prisão chegou a ser cogitada pela Justiça Federal, o que entornaria o caldeirão de lama, mas o magistrado que conduz o caso decidiu substituir a restrição de liberdade por comparecimentos regulares e quinzenais na sede do Judiciário, onde Rosemary é obrigada a assinar um documento e fornecer informações. Fora isso, a namorada de Lula não pode deixar a cidade de São Paulo sem prévia autorização da Justiça.
Pois bem, indiciada como quadrilheira, Rosemary solicitou à Justiça, que deferiu o pedido, que a imprensa fosse impedida de registrar imagens suas no interior do prédio da Justiça Federal, em São Paulo. Há no País uma atuação dual da Justiça. Quando um bandido comum, que roubou um pacote de pão no supermercado vai a julgamento, sua imagem é estampada no noticiário, como se fosse o mais perigoso dos criminosos. Rosemary, que integrou um grupo que provocou prejuízos bilionários ao Estado, não pode ser incomodada e nem mesmo ter a sua face lenhosa registrada por fotógrafos e cinegrafistas.
Diz a Constituição Federal que todos são iguais perante a lei sem distinção de qualquer natureza. A concessão absurda que se faz a Rosemary Noronha é um flagrante desrespeito à Carta Magna, pois enquanto operava a mando de Lula fazia questão de alardear ao mundo sua relação mais do que íntima com o chefe e sempre que podia estava diante das câmeras. O Brasil precisa dar um basta na bandalheira comandada por Lula!