Sem noção – Quando o ucho.info afirma que o governo do PT sofre de incompetência e seus integrantes desconhecem o mais simples significado da palavra planejamento, a esquerda verde-loura se revolta. Como contra fatos não há argumentos, o máximo que os revoltados podem fazer é permanecer em silêncio.
Quando Luiz Inácio da Silva, então presidente, empurrou os brasileiros ao consumismo a partir do final de 2008, o ucho.info alertou para os perigos da medida, mas foi acusado de torcer contra o Brasil. Governar um país, por menor que seja, até mesmo uma ilhota no meio do oceano, exige sabedoria, zelo e planejamento. À época, alertamos para o crescimento da inadimplência, a disparada do endividamento das famílias, o impacto ambiental e a falta de combustíveis para movimentar uma frota de automóveis, que cresceu aos bolhões no vácuo da redução do IPI para o setor.
Isso obrigou a Petrobras a importar gasolina e vender o produto no mercado interno a preço subsidiado, o que fez com que a empresa acumulasse nesse período prejuízos bilionários, a ponto de ter o seu valor de mercado corroído de forma preocupante em apenas três anos. Não bastasse esse cenário, a Petrobras enfrenta problemas de caixa, atrasando o pagamento de fornecedores e prestadores de serviços, e vê suas ações desvalorizarem por causa da mudança na forma de remuneração dos acionistas.
Enquanto a incompetência dos palacianos se materializa na Petrobras, que não tem como aumentar a produção de petróleo no curto prazo, a indústria automobilística, impulsionada pelo governo, continua crescendo. Somente em janeiro, a produção de veículos aumentou 7,7%. E nenhuma produz sem que na outra ponta exista a expectativa de venda. Como a política cambial do governo continua no campo da incerteza e prejudica as exportações brasileiras, essa avalanche de automóveis será despejada nas ruas e avenidas do País.
Para manter esse cenário de farsa, que o governo classifica como o país de Alice, será preciso mais gasolina. O que significa impor mais prejuízos à Petrobras ou deixar a inflação correndo solta. Como Dilma Rousseff está de olho na reeleição, a estatal petrolífera que se prepare.