Pano quente – Ainda sem saber o que fazer no Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff continua utilizando as pílulas de ufanismo que lhe deixou o antecessor, o messiânico Lula Inácio da Silva, continua fugindo da imprensa para não ter de explicar os escândalos de corrupção em que se envolveu, começando pelo Mensalão do PT e o Rosegate.
No programa radiofônico “Café com a Presidenta”, levado ao ar nesta segunda-feira (18), como sempre acontece, Dilma exaltou que a produção de grãos neste ano será a maior da história, com previsão de atingir 185 milhões de toneladas.
“Nesta safra, o governo brasileiro colocou R$ 115 bilhões para financiar o agronegócio e também colocou R$ 18 bilhões só para a agricultura familiar. Veja você: é um valor significativo que está à disposição dos nossos agricultores, dos pequenos, dos médios e dos grandes agricultores”, disse a presidente.
O mínimo que o governo deve fazer é estimular ao menos um setor da economia, já que no restante a atuação dos palacianos é pífia. E se assim o fez é porque está ganhando algo, porque quando o assunto é oficial não há almoço de graça. Dilma Rousseff que não venha pegar carona nos sempre positivos resultados do agronegócio, pois a economia brasileira está à deriva e a população mais do que cansada de ver cortinas de fumaça escondendo a realidade.
“Tudo isso vai significar mais tecnologia no campo e o resultado é que temos hoje uma das agriculturas mais eficientes e modernas do mundo. A cada ano, os nossos agricultores têm procurado mais e mais crédito para modernizar a produção e para melhorar as condições do trabalho no campo”, completou a petista.
Dilma deveria admitir o fracasso do seu governo, pois assim entraria para a história pela porta da frente, mesmo tendo fracassado. É utopia discursiva exaltar a produção de grãos, quando se sabe que as estradas estão em péssimas condições. E quando são reformadas ou ampliadas servem primeiro para alimentar a corrupção que campeia no País.
Pouco adianta o agronegócio conseguir tais resultados, se os outros, por incompetência e inoperância do governo, levam o País a uma situação preocupante, em que os números oficiais não convencem e a conta não fecha.
A situação econômica brasileira é tão grave, que boa parte dessa produção de grãos será exportada in natura, sem que o País consiga agregar valores aos produtos vendidos ao exterior. Isso porque o custo Brasil e a política econômica adotada pelo governo impedem qualquer ação nesse sentido.