Olho no lance – Em 1986, a revista britânica “The Economist” criou o Índice Big Mac, usando o mais famoso sanduíche da rede internacional de fast-food McDonalds, presente em 120 países, para avaliar o custo de vida em diversas locais do planeta.
Em 31 de janeiro passado, a “The Economist”, após pesquisa em 45 países, apontou que o Brasil tem o quinto mais caro Big Mac do globo: US$ 5,64, com base em taxa de câmbio de R$ 1,99. Essa forma informal e não cientifica de avaliar o poder de compra do dinheiro em vários países e, por consequência, as respectivas taxas de câmbio, mostrou que o Big Mac mais barato do planeta é o da Índia (US$ 1,67) e o mais caro, da Venezuela (US$ 9,08).
Americanismos à parte, o ucho.info criou um índice genuinamente nacional para medir a inflação real, aquela que o governo traveste para camuflar a própria incompetência. Trata-se do Índice Pastel, produto que é o retrato do cotidiano brasileiro.
Para mostrar que o governo do PT mente acintosamente quando o assunto é inflação, o ucho.info acompanhou durante dois anos a curva ascendente de preço do pastel em local frequentado por pessoas de todos os níveis sócio-econômicos. Nesse período, o pastel passou de R$ 2,50 para R$ 3,50, ou seja, o aumento foi de 40%, sem que a desculpa da sazonalidade pudesse justificar tal movimento.
Apesar dos nada verdadeiros discursos oficiais acerca da inflação e da disparada dos preços de produtos e serviços, os pasteleiros consultados pela reportagem, na cidade de São Paulo, foram unânimes em afirmar que um novo aumento deve surgir logo mais, o que fará com que o tão cobiçado pastel alcance a casa dos R$ 4.
Mesmo assim, Dilma e seus geniais assessores cometem a ousadia de afirmar que R$ 70 são suficientes para tirar alguém da miséria. O ucho.info já convidou a presidente para explicar aos leitores o seu conceito sobre “miséria”, mas nenhuma resposta foi dada até então pela assessoria de comunicação do Planalto. De tal modo, agora com base no Índice Pastel, reiteramos o convite, sempre lembrando que a sabedoria popular afirma que consente aquele que se cala.