Sem limites – É insaciável a fome do Estado quando o cardápio é impostos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), a carga tributária brasileira avançou mais uma vez em 2012 e chegou a 36,27% do Produto Interno Bruto (PIB), índice recorde. Em 2011, a carga de impostos alcançou a marca de 36,02%, 0,25 ponto percentual menor do que no ano passado.
O IBPT concluiu no estudo que foi divulgado nesta segunda-feira (4) que a arrecadação tributária do País chegou a R$ 1,59 trilhão em 2012, contra R$ 1,49 trilhão em 2011.
De tal modo, cada brasileiro pagou, em média, R$ 8.230,31 em impostos em 2012, aumento de R$ 460,37 ou de 5,93% em relação ao ano anterior2011 (R$ 7.769,94). A arrecadação atingiu R$ 4,36 bilhões por dia, ou R$ 50,5 mil por segundo, informa o IBPT.
Na última década, a curva da arrecadação tributária permaneceu ascendente, com avanço de 3,63 pontos percentuais, o que representa, na média, 0,36 ponto percentual ao ano.
A arrecadação só não foi maior porque o governo federal, que fez cortesia com o chapéu alheio, reduziu o IPI incidente sobre diversos produtos, como forma de aquecer a economia nacional e revete a crise econômica.
A medida fracassou e o governo, mesmo com arrecadação recorde, não soube investir em setores importantes, como o da infraestrutura, que poderia alavancar o crescimento econômico.
“A carga tributária brasileira vem crescendo continuamente. Em 1986 ela era de 22,39% do PIB, passando para 29,91% em 1990, para 30,03% em 2000, para 34,22% em 2010, para 36,02% em 2011 e para 36,27% do PIB em 2012”, aponta o instituto.
Tais números, assustadores, contradizem a afirmação embusteira e visguenta de Lula, que afirma que a última década foi a melhor de todas na história do País. O ex-presidente pode ter razão, se considerarmos que o suado dinheiro do contribuinte engordou os cofres públicos e financiou um sem fim de escândalos de corrupção. A incompetência do governo do PT é cada vez maior, sendo que não há como contestar o que os números mostram de maneira clara e inquestionável.