Dilma repete o antecessor e abusa das metáforas para tentar justificar a crise econômica brasileira

Camburão do hospício – Cumprindo as ordens de Lula e partindo para o ataque a bordo do ufanismo oficial, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (4), durante evento de entrega de moradias populares do programa “Minha Casa Minha Vida”, na Paraíba, que o Brasil “está mudando” e que o país não “pega pneumonia” quando há um “espirro” da crise econômica mundial.

“O Brasil vem mudando. Nós aumentamos a oportunidade de trabalho, reduzimos o desemprego, demos uma correção para o salário mínimo. Quando há crise lá fora, um espirro, o Brasil não pega pneumonia, temos R$ 378 bilhões de reserva”, declarou Dilma.

De fato a presidente tem razão ao fazer uso desse eufemismo discursivo para camuflar a crise, cujas razões são eminentemente internas e há muito deixaram de ter vínculos com o cenário internacional. Se Dilma precisa se agarrar à mitomania para manter suas chances de reeleição, que pelo menos dê um lustro na mentira.

Na União Europeia, onde nos últimos dois anos a crise foi extremamente grave e comprometeu a economia de alguns países do bloco, há milhares de brasileiros que preferem continuar no que Dilma considera o maior problema do retornar ao País. Fora isso, mesmo com a crise europeia, as principais Bolsas de Valores do Velho Mundo começam a mostrar desempenho melhor do que a brasileira.

Por outro lado, de nada adianta ter R$ 378 bilhões em reservas, se a dívida interna do País já ultrapassou com folga a marca dos R$ 2 trilhões. Faltar com a verdade está se tornando uma das grandes virtudes de Dilma, que novamente falou em “país de classe média”. “Nós queremos um país de classe média, de renda média, um país em que as pessoas sejam consumidoras, tenham seus direitos de consumidores respeitados, a sua casa de qualidade, acesso a saúde e a educação”, afirmou a presidente.

Desde já, nós do ucho.info assumimos o compromisso com os leitores de revelar a localização do país em que Dilma Rousseff vive, assim que a assessoria presidencial nos informar. Por certo não é o Brasil, onde a economia cambaleia diuturnamente, o consumismo atropelou o consumo responsável e planejado, a classe média foi reinventada por Lula para abrigar 40 milhões de incautos que se endividaram muito além da capacidade de pagamento. Em relação ao acesso à saúde e à educação, a presença de Alexandre Padilha e Aloizio Mercadante na Esplanada dos Ministérios dispensa maiores comentários.