O Brasil é refém da falta de infraestrutura, mas os donos do poder insistem em vender no exterior a imagem de um país que lembra o de Alice, aquele das maravilhas. Enquanto os dirigentes da FIFA se preocupam com o cronograma das obras de alguns estádios, principalmente do Maracanã, muitas cidades brasileiras estão submergindo nessa temporada de chuva.
Verbas bilionárias estão saindo dos cofres do Estado, como um todo, para financiar obras absurdas e desnecessárias, algumas das quais já são consideradas verdadeiros elefantes-brancos, mas as autoridades fingir que o Brasil é o último dos paraísos.
Na tarde desta sexta-feira (8), confirmando o que noticiamos anteriormente, a forte chuva que caiu na cidade de São Paulo provocou graves alagamentos em diversos bairros, causando prejuízos materiais e morais a milhares de pessoas.
Na região do Ibirapuera, Zona Sul da capital paulista, o trânsito está caótico e dezenas de carros foram arrastadas pela força das águas. O cenário de destruição que tomou conta da maior cidade brasileira mostra não apenas o descaso de décadas por parte das autoridades, mas o despreparo de o País sediar qualquer evento mediano.
Beira o inimaginável contemplar, com muita tristeza, a devastação que ocorre em São Paulo a cada precipitação mais ousada das águas de Pedro. O pior está no detalhe que aquele que quiser ser indenizado pelos danos e prejuízos sofridos terá de recorrer à Justiça. É importante alertar que, existindo viabilidade jurídica, as ações devem ser acompanhadas de um pedido de tutela antecipada, o que pode culminar com o bloqueio de bens da prefeitura, inclusive dinheiro. Só assim as autoridades começarão a pensar.
