Planalto entra na polêmica de Marco Feliciano para minimizar decisão do MP de investigar Lula

Jogo de cena – A polêmica envolvendo o deputado-pastor Marco Feliciano, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, já ultrapassou todos os limites do bom senso e saturou a paciência dos brasileiros, mas o assunto ainda ocupará o cotidiano porque nesse momento interessa ao Partido dos Trabalhadores. Rasteira como sempre, a estratégia do partido do governo é usar o tema para fazer fumaça sobre a decisão do Ministério Público Federal de investigar a evidente e incontestável participação de Lula no escândalo do Mensalão do PT.

Tido como comandante-maior do partido responsável pelo período mais corrupto da história brasileira, Lula, na opinião dos petistas, é um intocável, como os atores que protagonizaram filme de mesmo nome e que relata a vida dos mafiosos. Enquanto esteve no Palácio do Planalto, o ex-metalúrgico se lambuzou nas benesses do poder e comandou o esquema criminoso que não se limitou apenas à compra de parlamentares, mas dedicou-se também ao desvio de dinheiro público e ao recebimento de enormes e imundas quantias de empresários, principalmente do setor de telefonia nacional, interessados em se aproximar do governo.

Nas últimas horas, o governo da neopetista Dilma Rousseff, que estava calado diante do caso Marco Feliciano, colocou as mangas de fora e começou a atacar o presidente da CDHM. A primeira a falar sobre o assunto foi a ministra Maria do Rosário, da Secretaria dos Direitos Humanos, uma comunista radical que vê com normalidade as atrocidades cometidas em Cuba contra os dissidentes do regime facinoroso dos sanguinários irmãos Castro. Na sequência surgiu a ministra Luiza Bairros, da Secretaria da Promoção da Igualdade Racial, que assinou moção contra Marco Feliciano.

Se o objetivo desses genuflexos palacianos é defender os direitos humanos, garantir a igualdade racial e combater a discriminação, que se dediquem a mandar Luiz Inácio da Silva para trás das grades, pois é inimaginável que um governante se dedique à corrupção enquanto aniquila a economia de um país com medidas esdrúxulas e pirotecnia excessiva. Isso sim seria defender os direitos humanos, violados de forma acintosa pela corrupção desenfreada. Que combatam o pífio salário mínimo, que deveria valer mais de R$ 2,5 mi, pois o valor atual (R$ 678) é um atentado à dignidade humana e não promove coisa alguma, a não ser a perpetuação da miséria. No tocante à discriminação, essas reses de presépio, que despejam sua baba sobre a manjedoura palaciana, deveriam cobrar de Lula uma explicação sobre pelo menos duas declarações: que a cidade gaúcha de Pelotas é exportadora de “viados” e que a crise econômica internacional é coisa de loiros com olhos azuis.

O Brasil está em situação econômica desesperadora, cambaleante à beira do precipício da crise, mas os capachos de Lula, financiados com o suado dinheiro do contribuinte, se prestam a defender um histriônico corrupto, usando um imbróglio que já ultrapassou com largueza os limites do suportável. Por qual razão essas pessoas, que ora defendem Lula de forma transversa, não cobram da cúpula do PT uma explicação para a morte de Celso Daniel e o envolvimento de Rosemary Noronha, a Marquesa de Garanhuns, no escândalo da Máfia dos Pareceres.

Que o governo e o PT fiquem cientes de que aqui, no ucho.info, encontrarão resistência dura, pois é inadmissível que o Brasil seja administrado como se fosse um reles botequim de porta de fabrica, onde normalmente entram e saem marginais com discursos embusteiros, sempre ovacionados por uma claque obediente e interesseira.