Sinal vermelho – País do futebol, apesar de não ser a terra natal do esporte mais popular do planeta, o Brasil também é o país da piada pronta, como afirma com propriedade o jornalista José Simão, da “Folha de S. Paulo”.
Depois do anúncio de que o Aeroporto Internacional Tom Jobim, o velho Galeão, no Rio de Janeiro, não ficará totalmente para a Copa das Confederações, o governo espetacular do Partido dos Trabalhadores, um verdadeiro congresso de gênios tropicais, informa que o turista estrangeiro que vier para acompanhar os jogos da Copa do Mundo, em 2014, terá de se contentar com a conexão 3G, uma vez que a 4G global, muito mais rápida, não estará pronta.
Como alternativa, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende – que é um estafeta de Paulo Bernardo da Silva (ministro das Comunicações) –, sugere que o turista louco pelo esporte bretão compre, no Brasil, um chip com a tecnologia 4G local, que por certo tem velocidade de jabuti se comparada com as do exterior.
A conexão 4G global trabalha na faixa de 700 Mhz, cuja licitação no Brasil só acontecerá em 2014. “As pessoas vão acabar comprando um chip aqui. Exceto pelas transmissões de empresas, o consumidor comum vai evitar o roaming. A barreira não é tecnológica, é financeira”, disse Rezende em entrevista à Agência Reuters.
No País, as operadoras de telefonia celular operam no espectro de 2,5 Ghz, que exige um número maior de antenas, ao contrário do de 700 Mhz, atualmente utilizado para as transmissões da TV aberta. O leilão do 4G de 2,5 Ghz foi realizado em julho de 2012 e deve entrar em funcionamento até o próximo dia 30 abril nas cidades-sede da Copa das Confederações.
Esse cenário confirma as insistentes afirmações do ucho.info sobre a orfandade do governo da presidente Dilma Rousseff no âmbito do planejamento. É impossível aceitar que os palacianos conduzam o Brasil como se fosse um reles botequim de porta de fábrica.
FIFA em alerta
A situação do 4G preocupa a FIFA sobre a organização da Copa do Mundo. Na quarta-feira (10), o porta-voz da entidade futebolística, Walter de Gregorio, disse que a disponibilidade da infraestrutura de telecomunicações está entre as maiores preocupações para 2014.