Professores da rede pública de SP fazem protesto eleitoreiro e paralisam a Avenida Paulista

Sob medida – Com as campanhas eleitorais chegando às ruas com antecedência, por irresponsabilidade do lobista fugitivo Lula, o trânsito na maior cidade brasileira, São Paulo, tornou-se ainda mais caótico na tarde desta sexta-feira (19), por causa de um protesto de professores da rede estadual de ensino.

Organizado pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), o protesto fechou parte da Avenida Paulista, uma das mais movimentadas da cidade de centro financeiro do País. Reunidos no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), os professores realizam uma assembleia para decidir sobre eventual paralisação, cujo objetivo é pressionar o governo de Geraldo Alckmin por maior reajuste salarial, mudanças na política de contratação de novos docentes, além de medidas contra a violência nas escolas.

Enquanto a Assembleia Legislativa paulista analisa um projeto que prevê aumento de 2% além dos 6% oferecidos pelo Palácio dos Bandeirantes, os professores reivindicam reajuste salarial de 36,74%.

Até as eleições de 2014, os governantes filiados a partidos que fazem oposição ao governo de Dilma Rousseff devem se preparar para manifestações desse gênero, pois só dessa maneira, com jogo sujo e rasteiro, o PT sabe agir para alcançar seus escusos objetivos.

Se Dilma Rousseff concede aumento de 8,83% ao salário mínimo – inclusa no índice a inflação oficial –, o que os petistas consideram uma grande conquista dos trabalhadores, não há razão para os professores exigirem aumento acima desse patamar, desde que respeitado o piso nacional da categoria. O movimento é eminentemente político e visa preparar o terreno para o PT tomar de assalto o governo paulista.

De acordo com informações Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, um professor do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e Ensino Médio, com jornada de 40 horas semanais, recebe salário-base de R$ 2.088,27. Com o aumento previsto, passará a receber R$ 2.257,84 neste ano. Em 2014, quando deverá ser concedido reajuste de 7%, os salários dos professores dessa faixa de ensino alcançarão R$ 2.415,89. Com os novos valores, o salário dos professores de educação básica II será 44,1% superior ao piso nacional, que é de R$ 1.567.

Em nota, a Secretaria destacou que o Governo de São Paulo “cumpre integralmente a Lei Nacional do Piso Salarial do Magistério Público”, lembrando que integrantes da pasta estão “à disposição para o diálogo com as entidades sindicais, mas não abre mão de trabalhar também, e sobretudo, diretamente com seus próprios profissionais comprometidos com o avanço da qualidade de ensino”.

Em outras palavras, a manifestação que interrompe a via de acesso aos dez mais importantes hospitais da capital dos paulistas é missa encomendada pelo comando petista.