Caso de polícia – Ao longo dos anos, o Brasil foi transformado em uma enxurrada de siglas, muitas das quais carregando a pesada inoperância do Estado. É o caso das UPAs, Unidades de Pronto Atendimento, criadas pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), e logo adotadas por Lula e Dilma Rousseff como modelo de excelência na saúde pública.
Para provar que Cabral Filho é um parlapatão desmedido com vocação para farras nababescas em Paris com guardanapo amarrado à cabeça, algumas UPAs da capital dos fluminenses estavam fechadas no final de semana ou não tinham médicos. Quem procurou as UPAs do Complexo da Maré, do Complexo do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro, logo percebeu o engodo inventado por Cabral.
Lançadas por Sérgio Cabral Filho como unidades médicas de atendimento ininterrupto, as UPAs hoje traduzem a triste realidade da saúde pública, que um dia foi classificada como “a um passo da perfeição” pelo mitômano Luiz Inácio da Silva.
Tão logo a petista Dilma Rousseff venceu a eleição presidencial de 2010, o governador fluminense aterrissou em Brasília para, sem qualquer nesga de sucesso, tentar emplacar Sérgio Côrtes (secretário da Saúde do RJ) no Ministério da Saúde. Para minimizar o azar dos brasileiros, a tentativa de Cabral fracassou, apesar de seus embusteiros discursos recheados de certeza.
Para piorar o cenário, o brasileiro, sempre acomodado, aceita facilmente a falência do Estado, como se a cobrança de impostos tivesse cessado repentinamente e sem qualquer aviso. Sérgio Cabral deveria ter sido acordado durante a madrugada com um panelaço à porta do Palácio das Laranjeiras, pois só assim é que essa turma de mentirosos com mandato começará a respeitar a população.
Em qualquer país minimamente sério, que não é o caso do Brasil, Cabral Filho e Sérgio Côrtes já estariam presos por omissão de socorro e com os bens indisponíveis, pois é inadmissível que o contribuinte enfermo saia de casa e encontre uma unidade de atendimento médico (24 horas) fechada ou sem médicos.