Lanterna dos afogados – A taxa de juro cobrada das famílias pelo sistema financeiro nacional recuou meio ponto percentual de fevereiro para março, alcançando o patamar de 24,4% ao ano, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Banco Central.
No caso da taxa para pessoas jurídicas, o BC aponta registrou estabilidade em 14% ao ano. A taxa média para famílias e empresas caiu 0,2 ponto percentual, para 18,5% ao ano. Esses dados consideram recursos livres e direcionados (empréstimos com regras definidas pelo governo, destinados, basicamente, aos setores habitacional, rural e de infraestrutura).
A taxa de juro para pessoas físicas (famílias), de recursos livres, caiu 0,6 ponto percentual para, 34,5% ao ano. A inadimplência (atrasos superiores a 90 dias) tanto para famílias quanto para empresas ficou estável em 5,4% e em 2,2%, respectivamente, no universo dos recursos livres e direcionados.
Esses dados do Banco Central mostram que a taxa básica de juro, a Selic, pouco influencia no custo dos empréstimos ao consumidor, que cada vez mais se aproxima do patíbulo da bancarrota, situação que o governo federal finge ignorar.
Em um país onde o juro do cartão de crédito, um dos principais instrumentos de pagamento, gravita na órbita de 240% ao ano, qualquer descontrole financeiro por parte do cidadão representa um mortal tiro pela culatra. Como no governo dos trabalhadores a festa tem sido uma exclusividade dos banqueiros, sacar dinheiro no cartão de crédito pode custar até 14.600% ao ano.