Após colocar os trabalhadores sobre a corda bamba do endividamento, PT comemora o 1º de Maio

Sem festa – A desfaçatez que toma conta do governo do Partido dos Trabalhadores ultrapassa com largueza as fronteiras da compreensão. No dia em que muitos países comemoram, neste 1º de Maio, o Dia do Trabalhador, o Palácio do Planalto despachou para a maior cidade brasileira, São Paulo, algumas autoridades para pegar carona nas festividades patrocinadas pelas centrais sindicais. É o caso do ministro do Trabalho, o pedetista Manoel Dias, que desembarcou na capital paulista para se juntar ao presidente da Força Sindical e companheiro de legenda Paulo Pereira da Silva

Fossem minimamente coerentes e o Brasil um país sério, as autoridades palacianas sequer deixariam suas casas nesse dia, pois afinal não há o que comemorar. Enquanto a inflação oficial anulou qualquer reajuste salarial, a inflação real, que já passa da casa dos 20%, devora o soldo dos trabalhadores, que por questões meramente ideológicas continuam aplaudindo o mais corrupto e incompetente governo da história.

É preciso doses extras de coragem a um ministro para subir em um palanque do 1º de Maio e dirigir a palavra aos trabalhadores, cada vez mais enganados por um governo marcado pela paralisia. Os atuais inquilinos do Palácio do Planalto insistem em apostar no consumo interno como forma de reverter a grave crise econômica, mas não é preciso muito tempo para perceber que a estratégia é equivocada, uma vez que dois terços dos brasileiros recebem menos do que dois salários mínimos mensais, a inadimplência está em níveis elevados e o endividamento das famílias não para de crescer.

Analistas do mercado financeiro são uníssonos ao afirmar que qualquer movimento fora do padrão no mercado de trabalho colocará o Brasil na rota descendente do precipício. Até porque, o temor dos empresários diante da inflação tem levado a uma incontrolável e generalizada alta de preços. Isso tem obrigado o cidadão à mudança dos hábitos de consumo, o que interfere na cadeia produtiva e, por consequência, no mercado de trabalho.

Como disse certa vez aquele conhecido comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.