Tiro pela culatra – Quando o ucho.info afirma que os integrantes do governo do PT desconhecem a mais rasa definição da palavra planejamento, a esquerda verde-loura entra em polvorosa e parte para as retaliações de subterrâneo. Coisa típica de quem não sabe fazer outra coisa, que não a briga de rua, o jogo rasteiro.
Para provar que nossa teoria é verdadeira e chegou às raias da prática, retomamos um tema que já caiu no esquecimento da opinião pública e também da imprensa amestrada, aquela que costumeiramente passa no caixa do Palácio do Planalto. Horas depois que o então presidente Lula, em dezembro de 2008, apelou para que os brasileiros se atirassem no consumo como forma de reverter a crise internacional, na ocasião classificada como “marolinha”.
Afirmamos, contra a vontade dos palacianos, que o pedido de Lula era uma ode à irresponsabilidade e que em quatro anos a conta não fecharia. Como de fato aconteceu e continua acontecendo. O primeiro setor a ser beneficiado pela desoneração tributária foi o de automóveis, até porque para o PT um país desenvolvido é aquele em que o pobre tem carro e um carnê maior que o porta-malas, não o que permite ao rico usar o transporte público.
A frota de carros aumentou assustadoramente nos últimos anos, sem que qualquer investimento prévio tenha sido feito para absorver essas enxurradas de novos automóveis. E não foi por falta de aviso. A situação é tão crítica, que o Brasil continua importando petróleo e combustíveis para atender à demanda interna. Essa operação absurda prevê a venda subsidiada da gasolina, o que impediu a disparada da inflação e proporcionou a corrosão financeira da Petrobras.
Mas o escárnio não para por aí. Eleito no vácuo do discurso mentiroso de que foi maior e melhor ministro da Educação da histórica nacional, o petista Fernando Haddad ainda não assumiu de fato o cargo de prefeito da maior cidade brasileira, tamanha é a sua inoperância. A situação do transporte público beira o caos na capital dos paulistas, mas o Palácio do Planalto continua a comemorar os recordes seguidos de venda de automóveis. Na quinta-feira (2), em uma das mais movimentadas avenidas da cidade, um leitor aguardou uma hora por um ônibus, que não chegou. Acabou desistindo de ir à faculdade por falta de transporte.
Essa estratégia obtusa de patrocinar o desmonte do Estado para dar passagem à implantação de um regime totalitarista é conhecida de longa data. O único problema está no comodismo da sociedade, que assiste a tudo como se fosse o melhor dos modelos políticos.