Faltando um ano para a Copa, ministro do Turismo fala sobre qualificação profissional

Marcha lenta – Quando a FIFA anunciou, em 31 de outubro de 2007, que o Brasil sediaria a Copa do Mundo de 2014, o ucho.info enfrentou uma enxurrada de críticas dos ufanistas de plantão, mas manteve a posição contrária à realização do evento em um país repleto de problemas e refém da inoperância do Estado. A decisão foi um monumental equívoco da FIFA e uma estrondosa irresponsabilidade do governo brasileiro.

Com os cofres públicos sendo sangrados para financiar a construção de estádios de futebol, alguns deles verdadeiros “elefantes brancos” antes da abertura da competição, o Brasil continua no vácuo do discurso de que a Copa de 2014 será a melhor de todos os tempos. Como pensar não é crime e nem mesmo paga impostos, que imaginem qualquer coisa.

Ministro do Turismo, o maranhense Gastão Vieira, no programa “Bom Dia Ministro”, levado ao ar na quarta-feira (29), falou sobre o programa de qualificação profissional para Copa do Mundo, como se o Brasil não estivesse atrasado.

A preparação dos profissionais do turismo para receber os estrangeiros que desembarcarão no País deveria ter começado há muito tempo. Faltando um ano para a Copa do Mundo, qualquer ação com esse objetivo está fadada ao fracasso, pois não se pode encarar um evento dessa magnitude com o velho e conhecido “jeitinho brasileiro”.

O governo da petista Dilma Rousseff insiste em alardear a capacidade do País em organizar grandes eventos, como se a construção de estádios fosse algum tipo de garantia. As arenas foram erguidas por empresas privadas, que sequer são responsáveis pelas obras de infraestrutura, abandonadas pelos palacianos desde a chegada de Lula ao poder central.

Só mesmo um irresponsável para acreditar que a Copa será um estrondoso sucesso. Se ao final do certame futebolístico nada de negativo ocorrer com a imagem do Brasil no exterior, os brasileiros devem fazer uma grande festa.