Lopes levará ao governador Geraldo Alckmin e ao prefeito Fernando Haddad uma proposta que prevê a redução da tarifa para R$ 3 (valor que vigia antes do aumento), com a contrapartida de que o Movimento Passe Livre deixe de realizar protestos na capital paulista. O acordo, que é um escandaloso desrespeito à lei, contempla uma trégua de 45 dias e foi decidido na tarde desta quarta-feira (12).
Durante o encontro, que contou coma participação de representantes do governo estadual e da prefeitura paulistana, foi criada uma comissão que analisará as planilhas de custos das empresas e a composição das tarifas de transporte público com o objetivo de identificar a possibilidade de suspender o reajuste que teve como referência a inflação acumulada nos últimos dozes meses.
Caso concorde com a proposta que será apresentada pelo Ministério Público estadual, o governador Geraldo Alckmin cairá em mais uma armadilha do Partido dos Trabalhadores, que intenta tomar de assalto o Palácio dos Bandeirantes.
Qualquer diálogo com os manifestantes só deve existir a partir do momento que todos os prejuízos causados ao patrimônio público e privado sejam integralmente ressarcidos. Concordar com esses baderneiros é passar a mão na cabeça de criminosos e aceitar a instalação da anarquia no País. A legislação brasileira, mesmo que falha, está em pleno vigor e a Constituição Federal estabelece que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. E isso vale para direitos e deveres.
O promotor José Maurício Lopes disse durante a audiência que acionará a defensoria pública para auxiliar os manifestantes presos durante a baderna da noite de terça-feira (11). Trata-se de um absurdo, pois enquanto organizavam os protestos esses criminosos não precisaram de ajuda. Presos, agora posam de coitados.
Se o governador Geraldo Alckmin amolecer, por certo terá de guardar seu projeto de reeleição, pois a extensa maioria da população condena essa complacência com criminosos que não lutam pela redução de R$ 0,20 no preço da passagem de ônibus, mas pela instalação do caos a mando de oportunistas políticos.