Redução das tarifas de transporte não pode esconder a grave e longa crise que chacoalha a economia

Cortina de fumaça – Com o anúncio da redução das tarifas de transporte em São Paulo, maior cidade brasileira, o governo incompetente e paralisado de Dilma Rousseff dá um breve suspiro. As apostas palacianas repousam sobre um eventual recuo dos manifestantes, que começaram ocupando as ruas da capital paulista sob o manto do aumento da passagem de ônibus, metrô e trem.

O caos em que se encontra o País não interessa à parcela incauta da população, que é a maior delas. A prova maior do desvario do governo do PT surge diariamente no mercado financeiro, sempre ao final dos negócios.

Nesta quarta-feira (19), sem intervenção do Banco Central no mercado de câmbio, a moeda norte-americana fechou o dia valendo R$ 2,2205, alta de 1,94%, a maior cotação desde abril de 2009, ocasião em que o dólar chegou a R$ 2,221. Na semana, a moeda ianque acumula alta de 3,37%, e no mês, 3,65%. No ano, a valorização do dólar já alcança 8,6%.

A curva de alta do dólar foi puxada pelo Federal Reserve (o Banco Central dos EUA), que decidiu manter o ritmo de compra de ativos neste mês de junho, destacando que os riscos da economia norte-americana caíram nos últimos meses. Isso faz com que os investimentos migrem para os Estados Unidos, que começa a enxugar lentamente a liquidez.

A instabilidade da economia brasileira é reforçada pela desconfiança dos investidores internacionais, que não vislumbram qualquer possibilidade de o governo federal adotara alguma medida que patrocine mudanças profundas no cenário atual. Com a alta do dólar o combate à inflação fica ainda mais difícil, exigindo do Banco Central a elevação das taxas de juro. Isso faz com que o consumo desacelere, puxando para baixo o crescimento do PIB.

Resta saber como Dilma Rousseff e seus assessores da área econômica conseguem afirmar que o Brasil navega em mares tranquilos, enquanto o que se vê são águas revoltas.