Olho do furacão – Há dias, o sisudo e respeitado “Financial Times” traz matéria em que afirma ser grande a dificuldade do BNDES para, de agora em diante, atender as necessidades do empresário Eike Batista, cujo maior passivo no momento é o descrédito acumulado nos últimos meses.
Na realidade, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Economia Federal, que não têm olhos para pequenos e médios empresários, também enfrentarão sérias dificuldades para socorrer empresas que contam com a proteção do lobista-fugitivo Luiz Inácio da Silva. É o caso do grupo JBS-Friboi, que na esteira de contabilidade pouco ortodoxa abraçou, dias atrás, o passivo bilionário do concorrente Marfrig.
Enquanto saem às ruas e avenidas do País para protestar, os manifestantes deveriam deflagrar campanha alertando a sociedade para não consumir produtos do frigorífico capitaneado pelo empresário Joesley Batista, em especial os da marca Friboi e Vigor. A bisonha situação de endividamento do JBS-Friboi foi abafada na mídia por campanha publicitária milionária e que tem como estrela o competente ator Tony Ramos, que não deveria colocar o currículo à disposição de algo tão nebuloso.
A atenção especial que o governo federal dispensa ao grupo decorre de polpudos aportes financeiros no caixa das campanhas de Lula e Dilma Vana Rousseff.
Parte dos financiamentos oficiais concedidos ao grupo de Joesley Batista serviu para alavancar o Banco Original, que nem chegou a funcionar, apesar de o timoneiro da holding J&F – da família Batista – ser Henrique de Campos Meirelles, homem respeitado no mercado financeiro e ex-presidente do Banco Central.
Estripulias financeiro-contábeis à parte, o Banco Original saiu às compras antes de abrir as portas e adquiriu um moderníssimo jato Gulfstream G550 (foto abaixo), avaliado em US$ 50 milhões na versão top e que engrossará a frota de aeronaves do grupo que sempre está disposição de Luiz Inácio da Silva, que desde que desceu a rampa do Palácio do Planalto só voa em aviões de empresários.
A matéria do Finacial Times foi publicada após o ucho.info noticiar que as manifestações deveriam fazer ao menos uma ruidosa parada diante da sede do BNDES, no Rio de Janeiro, que tornou-se uma verdadeira bolsa de avó rica para os apaniguados de Lula.