Medo palaciano – Acostumado a rebater críticas, o governo de Dilma Vana Rousseff se apequenou e não contestou a declaração do presidente da FIFA, Joseph Blatter, que disse ter sido um equívoco escolher o Brasil para sediar a edição 2014 da Copa do Mundo.
Blatter e a entidade que dirige faturarão perto de US$ 2 bilhões com o evento, ao passo que aos brasileiros restará uma dívida de R$ 30 bilhões, valor que supera o montante gasto nas últimas três Copas (Coreia do Sul/Japão, Alemanha e África do Sul). Enquanto isso, a saúde, a educação, a segurança e o transporte a que os cidadãos têm direito continuam desmoronando.
Confirmando um histórico de superfaturamento de obras que são verdadeiras odes à megalomania, o governo aceita ser criticado por um cidadão do naipe de Joseph Blatter, que comanda uma organização cuja contabilidade chega a fazer inveja às organizações mafiosas existentes mundo a fora. Esse silêncio mostra a qualidade de um governo marcado por um coquetel que mistura incompetência e corrupção.
A preocupação de Blatter está centrada nas manifestações que têm acontecido em todo o País, algumas das quais o cartola teve de enfrentar nas cidades que sediaram os jogos da Copa das Confederações. Em nenhum momento o presidente da FIFA criticou o custo final do Estádio Mané Garrincha, que ao se aproximar de R$ 1,5 bilhão tornou-se a mais cara arena esportiva do planeta em todos os tempos.
É bom lembrar que a FIFA não escolheu o Brasil para sediar a Copa, mas cedeu à pressão exercida pelo então presidente Lula e sua horda de malfeitores.