Arrecadação bate recorde no primeiro semestre, mas governo corta recursos no orçamento

Sem explicação – Os palacianos se irritam quando acusados de incompetência, mas não há razão para reclamar diante dos absurdos fatos e números da economia, que cada vez mais cambaleia à beira do precipício.

Contrariando a previsão anunciada pelo ainda ministro Guido Mantega, da Fazenda, no começo deste ano de que a economia brasileira cresceria 4%, o Banco Central, por meio do Boletim Focus, divulgou nesta segunda-feira (22) a décima queda consecutiva na previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que passou de 2,31% para 2,28%. Um índice preocupante, pois se a economia repetir o desempenho de 2012, quando fechou em 0,98%, a situação do País será considerada extremamente grave. E para que isso ocorra falta pouco.

Também nesta segunda-feira, horas depois, a Receita Federal do Brasil divulgou os números da arrecadação federal em junho, que apresentou queda de 1& e ficou em R$ 85,6 bilhões. Contudo, a arrecadação no primeiro semestre de 2013 bateu recorde, alcançando a marca de R$ 543,98 bilhões.

Logo mais, Mantega e a ministra Miriam Belchior, do Planejamento, anunciam novos cortes de recursos no Orçamento Geral da União. A redução faz parte da estratégia palaciana para que o governo atinja a meta de superávit primário de 2,3% do PIB. O superávit primário é a economia que o governo faz para pagar os juros da dívida pública.

Resumindo, um governo que arrecada cada vez mais, não tem competência para fazer os investimentos necessários, não sabe como vencer guerra contra a inflação, patrocina o desmonte da indústria nacional e torra o dinheiro público na realização da Copa do Mundo não pode sequer sonhar em continuar no comando do País, que há mais de cinco décadas está abraçado ao status de nação do futuro.