Sem noção – Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, está no Brasil para participar da 28ª Jornada Mundial da Juventude, não como chefe do Estado do Vaticano. Apesar desse detalhe é comum que o chefe do governo do país visitado sempre receba o sumo pontífice, mesmo que a visita não seja oficial. Foi o que fez a presidente Dilma Rousseff e outros tantos políticos, que marcaram presença na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro.
Comprovando mais uma vez que é carente de competência para ocupar cargo tão importante quanto o de presidente, a neopetista Dilma Rousseff abusou da informalidade ao cumprimentar autoridades eclesiásticas que estavam à espera do papa. Após deixar o avião presidencial, Dilma dirigiu-se ao local onde estavam as autoridades políticas e eclesiásticas, cumprimentado uma a uma.
Ao se deparar com o arcebispo do Rio de Janeiro, Dilma ignorou o protocolo e beijou dom Orani João Tempesta no rosto, como se o religioso fosse seu velho conhecido. Não contente, a presidente cumprimentou outro religioso, chacoalhando seu braço como se cumprimentasse o borracheiro da esquina mais próxima. A cena se repetiu com o papa Francisco, tão logo o chefe da Igreja Católica chegou ao pé da escada do avio que lhe trouxe da Itália. É fato que o papa Francisco dispensa formalidades, mas não cabe à presidente a prerrogativa de atropelar o protocolo.
O contribuinte brasileiro torra parte do seu suado dinheiro para manter uma equipe palaciana responsável pelo cerimonial, mas Dilma Rousseff prefere ignorar a liturgia do cargo, para o qual foi eleita por alguém cujo pífio legado a presidente tem dado continuidade. Quando o Brasil é alvo de chacotas nos bastidores do cenário internacional, os integrantes do governo se revoltam sem razão.