Pane seca – Ministro da Secretaria de Aviação Civil, o peemedebista Wellington Moreira Franco (RJ) anunciou que se encontrará com representantes das quatro maiores companhias aéreas do País – TAM, Gol, Azul e a Avianca – na tentativa de encontrar uma forma de o governo ajudar as empresas e conter a demissões de funcionários, o que torna-se evidente a cada alta do dólar.
A demanda por passagens aéreas diminuiu com a volta da inflação e a consequente corrosão dos salários, obrigando as empresas a eliminarem diversos voos. Com isso, o contingente de funcionários passou a ser excessivo, obrigando as empresas a demissões.
A crise que se instalou na economia brasileira tem afetado a contabilidade das empresas aéreas, que têm a maioria dos compromissos financeiros em dólar, como, por exemplo, o leasing das aeronaves. Com a moeda norte-americana em alta e queda na procura de passagens, a única saída para equilibrar as contas no médio prazo é o corte de postos de trabalho.
A grande preocupação do governo petista de Dilma Rousseff não é o movimento demissionário que pode surgir no setor, mas a criação de um gargalo na aviação comercial brasileira faltando menos de um ano para a Copa do Mundo. Além de todas as questões que o setor enfrenta, os aeroportos brasileiros estão longe da excelência mínima necessária para que se possa afirmar que o céu é de brigadeiro.
As tão anunciadas mudanças no universo verde-louro da aviação começaram com excesso de atraso, sendo que a deterioração do setor avança à medida que cresce a crise econômica. A paralisia do governo federal é de tal forma comprometedora, que somente em outubro próximo deverão acontecer as licitações para a concessão dos aeroportos de Confins (BH) e Tom Jobim (RJ) à iniciativa privada. É importante lembrar que concessão foi a maneira que o governo do PT encontrou para “tucanar” a privatização.
A escandalosa incompetência que embala o Palácio do Planalto faz com que o governo coloque a tranca na porta arrombada após a fuga do ladrão. O que há muito ocorre nos aeroportos se repete nos portos, na mobilidade urbana e nas rodovias federais. O Brasil parou por causa da inoperância do governo, mas Dilma Rousseff consegue comemorar o caos. Enfim, como disse certa feita o lobista messiânico Lula, um conhecido comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.