Deu errado – O grupo de elite dos mensaleiros condenados na Ação Penal 470 sofreu o primeiro revés nesta quinta-feira (22). Ao retomar o julgamento dos recursos apresentados pela defesa dos réus, o Supremo Tribunal Federal rejeitou por unanimidade o embargo declaratório de Delúbio Soares de Castro.
Tesoureiro do Partido dos Trabalhadores à época do escândalo de corrupção patrocinado pelo PT, Delúbio foi condenado a oito anos e onze meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa, além de multa no valor de R$ 325 mil. Por exceder a oito anos, a pena deverá ser cumprida inicialmente em regime fechado, conforme estabelece o Código Penal.
Pelo crime de formação de quadrilha, Delúbio foi condenado a dois anos e três meses de reclusão. No caso da corrupção ativa, a pena estipulada pelo STF é de seis anos e oito meses de reclusão, além da multa já mencionada.
A decisão do Supremo de rejeitar por unanimidade o embargo de Delúbio Soares teve o efeito de ducha de água fria na expectativa de outros réus do grupo de elite do Mensalão do PT. Isso não significa que os magistrados votarão de forma idêntica no julgamento dos embargos de José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha.
