Horas depois do incêndio que consumiu a boate Kiss, em Santa Maria, políticos do PT correram para o local da tragédia que deixou 242 mortos e diversos feridos, onde tentaram pegar carona no episódio que parou e comoveu o Brasil. O objetivo era arrastar o prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB), para a seara da culpa, como forma de punir o peemedebista pelo relatório que recomendou a cassação do mensaleiro João Paulo Cunha (PT-SP). À época, Schirmer era deputado federal e foi indicado como relator do processo do petista no Conselho de Ética da Câmara.
Quando ocorre uma tragédia, o número de vítimas não faz do ocorrido algo mais ou menos grave. Será sempre grave por causa de perdas humanas. Mas os petistas, que desconhecem o significado de moral, não se importam com o cenário, desde que o mesmo permite algum tipo de dividendo político.
Nesta terça-feira (27), um prédio em construção desabou na Zona Leste da cidade de São Paulo, deixando seis mortos, 24 pessoas feridas – sete delas em estado grave – e três supostos sobreviventes que os bombeiros tentam retirar debaixo dos escombros. A autorização para a obra foi concedida pela prefeitura paulistana, que desde 1º de janeiro deste ano está sob o comando do petista Fernando Haddad.
Até o fechamento desta matéria (14h15), nenhum membro da oposição apareceu no local do desabamento para apontar o indicador na direção de Haddad, até porque não é assim que se faz política. Indiretamente é Fernando Haddad, por meio de seus prepostos, quem autoriza a realização de obras na maior cidade brasileira, mas querer inseri-lo no rol de possíveis culpados seria politicagem. Algo que os petistas estão acostumados a fazer, mas que só leva o País ao atraso.
Resta torcer para que essas seis vidas que foram ceifadas no desabamento ocorrido no bairro de São Mateus sirvam de lição para esses oportunistas do PT, que não respeitaram a dor das famílias das vítimas da boate gaúcha.
