Mané Garrincha: após 60 dias da inauguração, estádio de R$ 1,5 bilhão terá gramado reformado

Baderna generalizada – O brasileiro tem memória curta ou não tem vergonha na cara. Durante os recentes protestos que tomaram as ruas de diversas cidades brasileiras, os manifestantes criticaram o governo por causa dos investimentos bilionários na Copa do Mundo e exigiram serviços públicos com “padrão FIFA”, uma alusão às absurdas exigências feitas ao Palácio do Planalto pela entidade máxima do futebol planetário.

As manifestações caíram no esquecimento, o povo retomou a sua condição de vaca de presépio e os escândalos de corrupção na seara da Copa de 2014 continuam pululando aqui e acolá. O que deveria ter ocorrido, mas não aconteceu, é um blecaute de público nos estádios durante a Copa das Confederações, mas prevaleceu a teoria do “pão e circo”.

Considerado o mais caro estádio do planeta, o Mané Garrincha, em Brasília, torrou nada menos que R$ 1,3 bilhão do dinheiro, conta que pode alcançar a incrível marca de R$ 1,5 bilhão, montante que nenhum investidor privado desembolsaria para erguer um campo de futebol mais ajambrado.

Confirmando o que noticiou o ucho.info há algumas semanas, o gramado do Estádio Mané Brasília está em péssimas condições, apenas dois meses após a inauguração, evento marcado pela sonora vaia dedicada à presidente Dilma Vana Rousseff. Considerando que o Brasil é o paraíso dos absurdos, o gramado do Mané Garrincha terá de passar por urgente reforma, pois o que se vê na arena da capital dos brasileiros transforma muito campo de várzea em sonho de consumo de esportistas.

Trata-se de mais um escárnio da política nacional, que em qualquer país minimamente sério já teria mandado os responsáveis para a prisão. Resta saber qual autoridade terá coragem de contestar mais esse disparate com o dinheiro público.